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quarta-feira, 13 de março de 2013


O Método Científico - Aula 1 (parte 2)

É comum ouvirmos falar sobre método científico. Alunos do ensino médio aprendem a respeito nas aulas de Biologia e o empregam em competições de pesquisa. Anunciantes o utilizam para sustentar informações sobre produtos como aspiradores de pó e vitaminas (em inglês). Hollywood também o retrata mostrando cientistas usando jalecos e equipados com pranchetas, posicionados diante de microscópios e recipientes repletos de líquidos borbulhantes. Então, por que o método científico continua a ser um mistério para tanta gente?
flashfilm/Getty Images
Não é preciso ser um cientista
 para poder empregar o método científico

Um dos motivos talvez seja o nome. A palavra "método" sugere uma espécie de fórmula secreta, disponível apenas para cientistas altamente treinados, mas isso não procede. O método científico é algo que todos nós podemos usar a qualquer momento. De fato, adotar algumas das atividades básicas do método científico - ser curioso, fazer perguntas, procurar respostas - é algo natural em todo ser humano.
O método científico é fundamental para as ciências físicas e naturais, mas também pode resolver problemas cotidianos. Muitas descobertas históricas e a sustentação de teorias inovadoras foram possíveis graças a sua aplicação.
As etapas do Método Científico
Não existe um método único de "fazer" ciência, diferentes fontes descrevem as etapas do método científico de maneiras diversas. Algumas delas mencionam três etapas, outras apenas duas. Em termos fundamentais, porém, elas incorporam os mesmos conceitos e princípios. Veja na figura abaixo um exemplo:
                                                                         Imagem cortesia William Harris
A experiência de Pasteur
As etapas da experiência de Pasteur são delineadas abaixo.
1.    Primeiro, Pasteur preparou um nutriente semelhante a uma sopa.
2.    Em seguida, colocou porções iguais desse caldo em dois frascos de gargalo longo. Um frasco tinha o gargalo reto; outro tinha um gargalo dobrado em forma de S.
Imagens cortesia William Harris
3.    Depois, ele ferveu o caldo em cada frasco a fim de matar qualquer matéria viva que o líquido contivesse. Os caldos esterilizados foram deixados descansando, em temperatura ambiente e expostos ao ar, nos frascos sem tampa.
4.    Depois de algumas semanas, Pasteur observou que o caldo no frasco de gargalo reto estava nublado e descolorido, enquanto o do frasco de gargalo curvo não havia mudado.

5.    Ele concluiu que micro-organismos conduzidos pelo ar conseguiam cair sem obstruções no frasco de gargalo reto, contaminando o caldo. Já o outro frasco aprisionava os micro-organismos em seu gargalo curvo, impedindo-os de chegar ao caldo, que não mudou de cor ou se tornou nublado.
6.    Caso a geração espontânea fosse um fenômeno real, argumentou Pasteur, o caldo no frasco de gargalo curvo teria se infectado porque os micro-organismos teriam sido gerados espontaneamente. Mas o frasco de gargalo curvo não foi infectado, o que indica que só outros micro-organismos podem gerar micro-organismos.
A experiência de Pasteur  exibe todos os traços de uma investigação científica moderna. Ele começou por uma hipótese e testou a hipótese por meio de uma experiência cuidadosamente controlada. O mesmo processo - baseado na mesma sequência lógica de eventos - vem sendo empregado por cientistas há cerca de 150 anos. Com o tempo, essas etapas se tornaram uma metodologia idealizada que hoje conhecemos como método científico.
Aplicações do Método Científico
Lembre-se de que esta é uma metodologia idealizada. Os cientistas não carregam uma lista dessas cinco etapas. O progresso é aberto à interpretação. Um cientista pode passar boa parte de sua carreira na etapa de observação. Outro pode trabalhar sem que nunca dedique muito tempo a conceber e a conduzir experiências. Darwin (veremos sobre ele em futuras aulas)passou quase 20 anos analisando os dados que recolheu antes de agir em relação a eles. Na verdade, boa parte do trabalho de Darwin foi puramente intelectual, como se ele estivesse tentando montar um grande quebra-cabeças. E, no entanto, ninguém argumentaria que sua teoria da seleção natural é menos valiosa ou menos científica, porque ele não seguiu rigorosamente o processo das cinco etapas.
Hill Street Studios/Getty Images
Qualquer pessoa que tente resolver um problema pode realizar observações e usar o método científico

Também seria apropriado mencionar uma vez mais que esse método não está reservado a cientistas altamente treinados. Qualquer pessoa que tente solucionar um problema pode empregá-lo. 

Importância do Método Científico

O método científico tenta minimizar a influência da parcialidade (=Ser parcial é quando você conta a história de modo a expor a sua opinião pessoal)  que o responsável pela experiência possa apresentar. Até mesmo o mais bem intencionado dos cientistas pode ser parcial. Isso resulta de crenças pessoais, bem como de crenças culturais, o que significa que qualquer ser humano filtra as informações com base em suas próprias experiências. Infelizmente, esse processo de filtragem pode fazer com que um cientista prefira um resultado a outro. Para alguém que esteja tentando resolver um problema doméstico, ceder a essa parcialidade não é uma questão séria. Mas na comunidade científica, onde resultados têm de ser revisados e reproduzidos, a parcialidade precisa ser evitada a todo custo. 
Essa é a função do método científico, que oferece uma abordagem objetiva e padronizada para a condução de experiências e melhora os resultados obtidos. Ao empregar uma abordagem padronizada nas investigações, os cientistas podem se sentir confiantes de estarem aderindo aos fatos e limitando a influência de idéias pessoais e preconcebidas. 
(artigo de William Harris - Bacharel em Biologia pela Virginia Tech e mestre em Educação da Ciência pela Florida State University )



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